... Não sei pensar educação sem poesia, sem afago
sem afeto, sem compromisso.
A educação que aprendi era dura, formal,
inerte, seca... distante como uma nuvem.
Pensando e buscando, descobri um outro jeito.
Teci caminhos, plantei palavras,
queimei as órbitas procurando em livros
um jeito diferente de ensinar.
Assim, acabei aprendendo,
que educação é melodia que se infiltra,
canção que mexe com a gente,
poesia de letra em letra
construída entre caminhos tentados.
Não quero mais pensar na educação doída que aprendi.
Quero uma educação macia, desafiadora,
derretendo-se em afagos de curiosidade,
sucumbindo em êxtases de descobertas,
ansiando pelo prazer da conquista...
Quero uma educação "utópica",
cheia de desalinhos e medos e sonhos,
mas que seja contagiante e possível pelo trabalho.
Chega de mentir conhecimento.
O que quero é mais verdadeiro e mais gostoso:
Um olhar de criança à procura...
Uma curiosidade pulsante beirando à intransigência...
Risos, papéis espalhados, e conversas sem parar!
Quero movimento, ação, sonhos,
canção, poesia, desafio, superação.
Uma educação de sabores,
degustada delicadamente, fatia a fatia, bocado a bocado...
(Carla Patrícia de Morais)
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